sexta-feira, 1 de junho de 2012

á sós


 
E quando estivermos á sós, sem roupa, sem rosto, sem vida, só o poder da mente ultrapassando os limites, ninguém se salvará da solidão mutua, ninguém irá se opor a morte nem mesmo minha memória.
Por enquanto estamos vivos. Bem vivos. Sujeito a o que a vida nos propor, o tempo, o silêncio e excessos de sorrisos, a saudade, a relação interior entre o bem e o mal, a paz e a guerra. O coração será apenas um objeto para nos manter vivos sem direito á aceleração por amor, sem direito de intercessão ao cérebro.
O que for irreal descartará, o velho indutor do consumismo do natal, mataremos, só para viver o seu real significado, as crianças nunca saberão quem foi o coelho da pascoa e vai ser assim, com a cara para bater, a verdade toda nua e a razão crua.   

Carta á minha menina


 
Será que esse é o momento para eu perder a cabeça? Talvez minha felicidade e meu sorriso estejam de T.P.M. ou quem sabe se aposentaram?
-Oh, doce menina, tão ingênua, com o coração tão bom, você cresceu tão rápido sabia? Lembro-me do seu medo de andar de bicicleta, de arrancar o dente. Hoje seus medos mudaram isso é um sinal que minha crianças esta virando uma mocinha. Lembro-me da sua coragem de pegar as formigas espalhadas pelo quintal e do seu cuidado em não mata-las, você ainda tem essa coragem ai dentro! Não perca a cabeça sem ela você não pensa
Levei a sua felicidade, pois ela é tão grande e cativante que eu distribui um pouco para quem precisa, mas já estou te devolvendo e com relação ao seu sorriso, você deixou ao lado do despertador, acho que era para despertar a dor que havia dentro dele. Quero que saiba que o pouco que havia de dor foi despertado e ela já foi embora pra o sul da amnésia.