Na adolescência ele fez um juramento.Jurou que iria fugir com ela para um lugar longe de tudo, um lugar que só o Sol saberia onde seria. Ela jurou que nesse lugar teria uma cama confortável com lençóis brancos e que onde ela fosse o amaria acima de todas as coisas . O tempo se passou e o que eles pensavam e sonhavam se concretizava e ela o amava tanto quanto ele. Quando aquele rapaz completou 23 (vinte e três) anos as forças armadas o convocou para ir a guerra servir seu país.
O tempo foi se passando e nos jornais e televisões sempre havia uma notícia de que um soldado estivera morto, o ceio daquela jovem se apertava cada vez mais, pois era uma parte do seu coração que estava lá.
Depois de 5 (cinco) meses de muita angustia e tristeza finalmente a guerra estava no seu fim e os soldados sobreviventes retornariam para os braços de familiares e amigos.
No dia 3 (três) de maio as 10:30 (dez e meia) da manhã, a jovem ouviu um barulho de carro vindo da varanda de sua casa, logo em seguida sua campainha tocou, seus olhos encheram de lágrimas e seus coração de alegria, suas mãos suavam e as pernas estavam trêmulas. Agradeceu a Deus e assim foi ao encontro do seu amado. Ao abrir a porta se deparou com uma garotinha com um vestido branco e com sapatos beges, era Jullia, a filha do coronel, com apenas 12 (doze) anos ela levava em seu rosto um sorriso triste e no pescoço um colar de guerrilheiro. Ao ver a jovem abrir a porta e não entender o que se passava, a garota tirou o colar do pescoço que pertencera ao rapaz, deu na mão daquela jovem e disse -Sinto muito!- A moça então vendo que aquele objeto não era um colar qualquer se derramou em lágrimas cristalizadas de dor e saudade [...]
Sim, ele foi para um lugar muito longe, outra dimensão e sim, ela o amou acima de todas as coisas, até da vida ou da morte. Hoje a água do mar é pouco comparado ao que ela chorou, uma faca encravada no seu peito, foi mais ou menos o que ela sentiu.
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