segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Meu bem



Mas meu bem para que tanto amor guardado para si? Isso é um egoísmo agudo sem forma de expressão, sabe o que isso gera minha criança? Distância, ninguém quer alguém que não ama, que não se importa, que fingi algo, que sempre esta disposto a jogar um sentimento bom, puro e verdadeiro no lixo, não bloqueie os sentimentos, aprenda a controla-lo.
 


Obrigado



É só um agradecimento, pela escolha, um agradecimento pelos banhos de chuva, pela forma de abraçar, de mexer comigo, pelos sorrisos roubados, pelos surtos contidos, pelo cuidado, pelas brigas, por todas as fugas, pela maneira de brigar, um agradecimento por ainda querer ficar na minha vida, na minha história, na minha memória, mesmo que a distancia nos puxe para lados distintos, seria errado dizer que crescemos juntos, mas foi mais ou menos o que aconteceu, amadurecemos nossas escolhas atitudes, palavras e brincadeira, a distancia pode vir de várias formas e se chamar diversas coisas a nossa se chama trigo e joio.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

recado negro

Sob o amor e o prazer existente no corpo de uma mulata há também o toque, a pele, a alma e um pouco de sangue.
Para toda donzela recatada de familia nobre e conservadora habita uma preta que com ância de liberdade é novamente aprisionada por aqueles que a observam com respeito e devoção. Quem tem rasgos e feridas nas costas e no coração para que merece ou precisa de pudor? Menina moça cresce toda moribunda para que? Para que o marido a traia com a primeira mulata que estiver na cozinha preparando o dendê? Já dizia Dona Custódia, uma senhora que de tanto apanhar ficou sega "preta que nasce na senzala, lá morre", mas eu quero é mais, quero me enrrolar em lençóes finos enquanto esposas cuidam de suas crias e de sua educação, e se me perguntam se tenho medo apenas respondo que medo foi ver meu avô apanhando de chicote até a morte por querer uma liberdade, uma misera liberdade que nunca seria sua, nunca seria nossa.
Até hoje somos aprisionados, aprisionados por nossa pele, pelos olhos de quem nos observam, nosso cabelo não nos deixam esquecer o que aconteceu com nossa pele nos dias claros de sol-a-sol onde o Sol chorava.
Já nos lembravam os moços do café que branco é branco, homem preto é lixo, xorume, restos do céu, que por ter muita fé ganhou de presente o perimbal para que o mulato forte que ginga nas noites de cenzala vazia não perdesse o rebolado.

Coisas de vó

Ah minha criança, quantas vezes eu tenho que te dizer que o mundo machuca? Olha, quando pequena  você saia do quintal, passava pela porta da sala, chegava a cozinha correndo e gritando que suas mãos estavam doendo e seus joaelhos machucados, você pulava de dor mas não chorava e olhe só você, venha, a noite está chegando, te colocarei na cama, contarei as mais belas histórias que existe em minha memória, te darei uma chicara de chocolate quente e uma gotinha de amor, logo logo você vai se curar, e como quando você era criança, pegará a sua capa sairá pelo quintal "voando" e gritando o quanto você é invencivel.
Me admira você com essa força e com medos dos mostros lá fora. Você sabia que estes mesmo mosntros moravam em baixo da sua cama? Eles nem passaram pelo guarda-roupa e já foram para a sua cabeça os que restaram estam para lá do quintal e agora você é uma grande guerreira nomeada pela sua avó para derrota-los.

grandes crianças


Há muito o que fazer, não podemos ficar parados como crianças assustadas, já estamos bem grandinhos e nossas ações irão definir quem somos, é claro que erraremos, isso é fato e pessoas irão nos jugar isso é inevitavel, é tipico do ser humano fazer isso, é tão simples julgar as pessoas, por exemplo você, quantas pessoas só hoje você julgou? apontando o dedo e dizendo "ah se fosse eu" ninguém sabe o
que se passa com ninguém por dentro, ninguém sabe o valor que as pessoas tem até o dia que damos um certo valor a elas.
Minha criança interior vive comigo todos os dias, ela acorda cedo, coça o olho, pede para ficar só mais um pouquinho na cama, implora para não levantar nos dias frios, faz birra e depois sorri e ela gosta de atenção de abraços e de ver pessoas sorrindo, ela é uma criança normal, que gosta de subir em arvores e de lá de cima ver o bom da vida e ela sabe que lá em cima não é o lugar dela, pois está em uma zona de conforto e mesmo sabendo que lá em baixo está uma "zona" ela precisa de alguma forma arrumar o que ela conseguir antes que seu pai volte.

sábado, 1 de setembro de 2012

Carta ao inesistente


Talvez seja só mais uma fase, um momento inútil, uma estupides.
Quem sabe poderemos dar voltas e sempre parar no mesmo lugar, perto um do outro, sabe-se lá dessa coisa doida que chamamos de vida. Em um futuro próximo podemos ser colegas ou melhores amigos ciúmentos, ou talvez você possa ser o padrinho do meu casamento, um convidado ou eu possa ser sua noiva. Acho que além de tudo precisamos cuidar um do outro, nem que seja distante, por pensamento, por telepatia, mesmo nenhum de nós quer, sempre estaremos interligados de alguma forma, e como eu sei? Só eu sei.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Lembranças

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A gente vai andando e se esquecendo, jogando no banco de traz as boas lembranças e no decorrer da estrada ficam as marcas dos pneus.
Arremessamos para fora da janela falsas promessas e as desilusões. Estamos na direção e quem nos acompanha é a felicidade que sorri ao nosso lado pedindo para parar na primeira praia para observarmos o pôr-do-sol.


segunda-feira, 9 de julho de 2012




- Esse chocolate não vai te fazer feliz!
- Mais vai amenizar a dor! 
- Que dor?
- Essa dor!
- Não estou vendo nenhuma dor?
- Se abrires meu coração, veras! 
- Ver o que?
- Minha dor!
- Cor?
- (risos) não bobo, dor!
- Se eu abrir seu coração você não vai vever mais!
- Que bom seria!
- Porque?
- Por que sim!
- Se você sorrir vai amenizar... você não quer?
- Quero!
- Então vamos, sorria!
[...]
- Obrigado!
- Pelo que?
- você me fez esquecer! 
- Esquecer o que?
- A dor!
- Que dor?
- É mesmo né? que dor?

sexta-feira, 1 de junho de 2012

á sós


 
E quando estivermos á sós, sem roupa, sem rosto, sem vida, só o poder da mente ultrapassando os limites, ninguém se salvará da solidão mutua, ninguém irá se opor a morte nem mesmo minha memória.
Por enquanto estamos vivos. Bem vivos. Sujeito a o que a vida nos propor, o tempo, o silêncio e excessos de sorrisos, a saudade, a relação interior entre o bem e o mal, a paz e a guerra. O coração será apenas um objeto para nos manter vivos sem direito á aceleração por amor, sem direito de intercessão ao cérebro.
O que for irreal descartará, o velho indutor do consumismo do natal, mataremos, só para viver o seu real significado, as crianças nunca saberão quem foi o coelho da pascoa e vai ser assim, com a cara para bater, a verdade toda nua e a razão crua.   

Carta á minha menina


 
Será que esse é o momento para eu perder a cabeça? Talvez minha felicidade e meu sorriso estejam de T.P.M. ou quem sabe se aposentaram?
-Oh, doce menina, tão ingênua, com o coração tão bom, você cresceu tão rápido sabia? Lembro-me do seu medo de andar de bicicleta, de arrancar o dente. Hoje seus medos mudaram isso é um sinal que minha crianças esta virando uma mocinha. Lembro-me da sua coragem de pegar as formigas espalhadas pelo quintal e do seu cuidado em não mata-las, você ainda tem essa coragem ai dentro! Não perca a cabeça sem ela você não pensa
Levei a sua felicidade, pois ela é tão grande e cativante que eu distribui um pouco para quem precisa, mas já estou te devolvendo e com relação ao seu sorriso, você deixou ao lado do despertador, acho que era para despertar a dor que havia dentro dele. Quero que saiba que o pouco que havia de dor foi despertado e ela já foi embora pra o sul da amnésia.