A tristeza faz a poesia se tornar tão bela quanto o cheiro de saudadinha com chá de hortelã, não que eu deseje tristeza aos poetas, mais do que isso, desejo amor, que não necessariamente poderá ser sincero ao ser escrito, mas pode ser intenso, como uma tarde no parque em frente ao lago, como um olhar claro que ilumina até uma tarde chuvosa, como uma mensagem de bom dia pela manhã.
Eu revelei meu segredo mais obscuro ao rapaz que fazia poemas tão belos quanto o seu sorriso, disse que gostava dele, parecia pouco, talvez sem sentido, insignificante, mas falei, e desejo a ele todo amor do mundo para que suas poesias se tornem ainda mais belas, intensas e com cheiro de chá.
Descobri que o tempo é a distância exata da saudade e que quando o ódio está perto é porque o amor está mais próximo ainda, dentro de mim, eu poderia ficar a tarde inteira dizendo sobre a barba, o cabelo, o sorriso, as músicas que ainda ouve os olhos que talvez funcione pouco, mas que são lindos como o conjunto de tudo que me faz sorrir, deixa pra lá, voltemos aos poetas e suas formas. Voltemos ao chá.
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