segunda-feira, 4 de abril de 2011

26 de março

Aquele 26 de março parecia um sonho, tudo tão perfeito, com pessoas tão reais, todos meros mortais. O Sol sorria entrando em harmonia com o dia.
Mais chegou a noite e com ela músicas com sons acústicos e melodramáticos. Era impossível não se recordar aquela noite de 18 de dezembro. Uma noite que eu imaginei tudo tão perfeito e que nada seria em vão. Não naquele momento.
A noite sorria para mim, mais de uma forma sarcástica, querendo que eu chorasse e perdesse os sentidos, levando meus pensamentos até aquele sorriso, me fazendo imaginar o que eu poderia fazer para recolher os cacos que estavam despedaçados no chão perto da rede.
Eu olhei para o céu e derrepente eu me peguei pensando o que eu faria se eu sobrevivesse, se eu olhasse nos seus olhos novamente e você sorrisse para mim.
Naquela noite me disseram para não chorar porque se alguém tivesse morrido era para eu pensar que essa pessoa estava bem em algum lugar. Aquelas palavras me despedaçaram por dentro, mais era inevitável não chorar, pois parecia que as lagrimas tinham vontade própria e conseqüentemente elas insistiam em cair e lavar minha alma.  Eu poderia até pensar que você estaria bem em algum lugar, mais só eu sabia como você estava. Era tão confuso você morando dentro dos meus pensamentos que ao imaginar eu aqui sem você meu mundo fica turbulento e vazio.
Agora é um outono frio, sem graça e com ele vêm àqueles pensamentos e aquelas promessas de amor eterno que você nunca me disse, mais que eu imaginava projetando fantasias baseadas em mentiras, mais que me fazem tão bem. Hoje eu guardo tudo isso em um lugar onde ninguém pode roubar e nem mexer. Porque eu sei melhor do que ninguém o que eu guardo aqui dentro do que eu chamo de baú de sonhos.

confições de uma blogueira

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